Matéria veiculada pelo portal da Deutsche Welle (que alguns costumam dizer que é a BBC alemã) fala da criação do Fórum dos Países Exportadores de Gás (GECF), com sede em Doha, capital do Qatar.
A matéria relata ainda que a UE e os EUA estão receosos com estados como Rússia, Irã e Venezuela se organizarem nos mesmos moldes que a Opep, que reúne os principais Estados produtores de petróleo no mundo.
A grnade incentivadora dessa empreitada é a Rússia, maior produtora de gás do planeta, terra da gigante estatal do setor, a Gazprom, e que fornece um quarto do gás consumido na Europa (em certos casos, como Alemanha, essa proporção chega a um terço). Recentemente, o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, declarou que a “época do gás barato havia chegado ao fim”.
Só para refrescar a memória: não e de hoje que o gás russo dá sustos na comunidade européia e, principalmente, nas antigas repúblicas que formavam a União Soviética. Ucrânia, Bielo-Rússia e Geórgia são alguns dos países que já sentiram na pele a dependência energética por parte dos russos.
Especialmente em tempos de crise, é comum entidades e estados com interesse comuns atuarem de forma conjunta, para melhor lidarem com as dificuldades. E a iniciativa dos produtores de gás vai nessa direção. E cai como uma luva para as pretensões russas de ter um controle maior sobre esse recurso, fazendo frente a EUA e UE. É mais uma peça nesse complicado jogo internacional de estratégica político-econômica. Resquícios da Guerra Fria que ainda persistem no mundo de hoje.
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