Forças policiais da sérvia cercaram na terça-feira (23) uma casa em Belgrado (Sérvia) que supostamente seria dos familiares do general sérvio Ratko Mladic, acusado de crimes de guerra e genocídio. É a primeira ação com esse objetivo desde outubro de 2009.
Ele é um dos militares mais procurados para prestar contas por seus atos durante a Guerra da Bósnia e foi o comandante das tropas que, em 11 de julho de 1995, atacaram a cidade de Srebrenica, produzindo o maior massacre em solo europeu desde a Segunda Guerra Mundial.
A vida de Mladic deve ter ficado mais difícil após 21 de julho de 2008. Nessa data, Radovan Karadzic, ex-presidente da República Sérvia da Bósnia e outro dos “cabeças” do massacre de Srebrenica e da Guerra da Bósnia, foi preso em Belgrado. Por mais que o governo sérvio – ou tendências dentro do mesmo – relutem ou mesmo resistam em entregar o militar, a prisão de Karadzic abre um precedente importante.
Se Karadzic foi entregue às autoridades de Haia, por que Mladic não poderia ter o mesmo destino – mais do que merecido, aliás?
A hora de Mladic pode, enfim, estar chegando...
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