Em resolução histórica, o Parlamento sérvio aprovou, no último dia 31/03, a condenação oficial do país ao massacre de Srebrenica (Bósnia), ocorrido em 11 de julho de 1995, quando tropas sérvio-bósnias mataram 8 mil bósnios muçulmanos.
O texto, aprovado por 127 dos 173 deputados, se solidariza com as famílias das vítimas e pede desculpas "por não ter sido feito todo o possível para evitar a tragédia".
Se for pela filosofia “Antes tarde do que nunca”, é um grande avanço. Mas não deixa de ser tardio.
É também mais um recado do governo sérvio à UE, mostrando sua disposição em integrar-se ao universo europeu e tentar ao máximo se redimir do peso histórico vindo das guerras nos Bálcãs da década de 1990. E também aos criminosos de guerra ainda soltos (diga-se Ratko Mladic).
Mais detalhes, acesse o texto da Deutsche Welle sobre o assunto:
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,5415750,00.html?maca=bra-newsletter_br_Destaques-2362-html-nl
Apenas o Kosovo permanece como pauta inegociável nas relações internacionais da Sérvia. Por quanto tempo, isso não se sabe.
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Um comentário:
Um avanço bem relativo, na verdade. Primeiro porque o grosso da população bosniak não concorda com a decisão do TPI (Tribunal Penal Internacional) de não condenar a Sérvia como mentora do genocídio na Bósnia. A decisão diz, em resumo, que a Sérvia não fez o possível para evitar que o genocídio - o lado muçulmano da história (com o qual eu compactuo)diz que a Sérvia estava por trás.
E, segundo (e principalmente), a Sérvia não reconhece Srebrenica como o que de fato foi: genocídio.
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