Em 28 de junho de 1914, na cidade de Sarajevo (Bósnia), então parte do império austríaco, foi aceso o estopim para um dos maiores conflitos armados da história. Nesse dia, foi assassinado o herdeiro do trono, o arquiduque Francisco Ferdinando. Sua mulher, Sofia Chotek, também morreu na ação.
O motivo do atentado: o herdeiro do trono desejava aumentar a influência das regiões eslavas no império austríaco, o que feria os objetivos expansionistas dos nacionalistas da Sérvia, que desejava incluir a Bósnia em uma futura “Grande Sérvia”. O ataque, articulado pela alta cúpula militar sérvia, foi executado por uma organização nacionalista sérvia chamada Mão Negra. O autor dos disparos foi um estudante chamado Gavrilo Princip, então com 19 anos.
Uma investigação austríaca concluiu que o atentado havia sido planejado na Sérvia, o que levou à declaração de guerra exatamente um mês depois. A Rússia, em apoio à Sérvia, declarou guerra à Áustria. Em pouco tempo, toda a Europa estaria em conflito. Começava a Primeira Guerra Mundial, que só acabaria em 1918.
Esse episódio é uma amostra de como estava o esquema de alianças na Europa entre fins do século XIX e XX e da importância da região dos Bálcãs no cenário geopolítico – com sua costumeira instabilidade. Os Bálcãs eram o pomo da discórdia entre Áustria e Rússia, dois dos grandes impérios da época. A Rússia tinha no nacionalismo sérvio uma grande força aliada, como ficou evidente no atentado de Sarajevo.
Ao final do conflito, a Áustria acabou perdendo sua posse e influência sobre territórios nos Bálcãs. A Rússia deixou a Guerra antes do fim, sacudida internamente pela Revolução Russa, mas a influência sobre os Bálcãs nunca deixou de existir por completo. Já nos próprios Bálcãs, entre outras mudanças, surgiu o Reino dos sérvios, Croatas e Eslovenos – que em 1929 trocaria seu nome para Iugoslávia – que significa Terra dos Povos Eslavos do Sul.
Com informações da Deutsche Welle
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