
Sérvios e croatas, em verdade, não se toleram, o que fica bem claro ao lembrar os últimos conflitos entre esses dois povos – desde brigas em estádios de futebol até as guerras que desintegraram a antiga Federação Iugoslava. Os que são chamados de herois na Sérvia são considerados assassinos pelos croatas – e vice-versa.
A origem para essa ofensa está na formação do próprio time do Partizan, que é da mesma época do Estrela (1945). A diferença é que alguns dos atletas que vieram para o Partizan tinham como origem outro time, o Gradjanski Zagreb, de Zagreb (atual capital da Croácia). Partizan é também o nome do exército que libertou a Iugoslávia da dominação nazista na Segunda Guerra Mundial, sob o comanado de Josif Broz Tito – o mesmo que governou a Iugoslávia com mão de ferro entre 1945 e 1980 e conseguiu manter a colcha de retalhos que era a Federação Iugoslava com uma certa ordem e paz. Em tempo: Tito é de origem croata, para revolta dos sérvios mais exaltados.
Como pode-se perceber, a ofensa ao atacante brasileiro que teve a ousadia (inconsciente, é claro, mas não deixa de ser uma) de se transferir do Estrela Vermelha para o Partizan é apenas a ponta do iceberg de uma relação extremamente tensa existente dentro da sociedade sérvia e da região dos Bálcãs em si.
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