terça-feira, 22 de março de 2011

Bósnia é ameaçada de expulsão pela Uefa

A divisão peculiar do poder na Bósnia (para não dizer esquizofrênica) não traz problemas apenas no âmbito político e burocrático no país. Também virou uma ameaça em assuntos esportivos.


A Uefa, entidade que organiza o futebol no continente europeu, ameaça expulsar a Bósnia da organização, que deseja o fim do regime de três presidentes na federação bósnia.

A exemplo do que ocorre no sistema político do país, os dirigentes da organização são escolhidos por critério étnico: há um presidente sérvio, outro croata e um terceiro muçulmano que se revezam no poder. A Uefa exige que seja apenas um comandante, eleito por critérios técnicos. Outros alertas foram feitos pela entidade durante o ano passado, e agora veio o que parece ser o ultimato.

Se a suspensão for realmente aplicada, a seleção da Bósnia não poderá disputar jogos internacionais, e os times bósnios também estarão proibidos de jogar torneios europeus entre clubes. E com isso acabar com um bom momento vivido pelo futebol do país. Ficou muito perto de uma vaga na Copa do Mundo de 2010, ao ser derrotada na fase de repescagem por Portugal. Entre os jogadores bósnios, o de maior expressão atualmente é o atacante Edin Džeko, que saiu recentemente do Wolfsburg (Alemanha) para o Manchester City (Inglaterra) em uma transação de 32 milhões de euros.

Apesar de a ameaça da Uefa ser exagerada, minha aposta é de que a Bósnia, de uma forma ou de outra, atenderá à entidade europeia. Mas se já era difícil agradar a sérvios, croatas e muçulmanos, agora a Bósnia também precisa agradar à Uefa, Fifa...

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