quarta-feira, 31 de março de 2010

"Fator gay" em Srebrenica?

Quinze anos após o massacre de Srebrenica (Bósnia), continuam as desculpas e o jogo de empurra quanto às responsabilidades da comunidade internacional sobre o incidente, o pior do tipo ocorrido em solo europeu após a Segunda Guerra Mundial.

A última - e mais estapafúrdia delas - foi a acusação do ex-general da Otan, o americano John Sheehan, de que a presença de soldados gays nas forças de paz holandesas teria influído negativamente sobre o conjunto, tornando a tropa ineficaz na defesa de Srebrenica. O relato completo pode ser visto no link abaixo em despacho da agência Reuters:

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2010/03/19/holanda-rebate-acusacao-de-fracasso-em-srebrenica-por-fator-gay.jhtm

Autoridades do governo holandês reagiram, furiosas, dizendo que os comentários de Sheehan eram eram "ridículos" e "tirados do mundo da ficção."

Explico: Forças servo-bósnias ultrapassaram soldados holandeses armados em Srebrenica, enclave designado pelas Nações Unidas, em julho de 1995, massacrando subsequentemente mais de 8 mil homens e meninos muçulmanos. Na época, as forças holandesas eram as responsáveis pela defesa do enclave e foram duramente criticadas pela atuação em Srebrenica.

Os eventos de 1995 continuam sendo um assunto delicado na Holanda, onde uma investigação de seis anos sobre o massacre chegou a derrubar o governo em 2002.

Nenhum comentário: