Antes do uso das câmaras de gás já haviam milhares de mortos na conta dos nazistas espalhados pelo Leste europeu, especialmente em Belarus, Ucrânia, Polônia e Rússia. O destino desses corpos eram valas comuns no meio de florestas e arredores de povoados remotos. E a grande maioria desses locais continua esquecida, como relata matéria do portal Deutsche Welle.
Uma organização francesa chamada Yahad in Unum, fundada por sacerdotes católicos e ligada à Universidade de Sorbonne, está se dedicando à procura dessas valas comuns. Outro objetivo da entidade é transformar os locais em memoriais às vitimas e evitar que o esquecimento e a ação do tempo destruam essa parte ainda pouco conhecida da história da Segunda Guerra Mundial e do Holocausto.
A tarefa é digna de Hércules. As valas são localizadas por meio de investigações junto aos moradores dos locais, que são entrevistados pela organização.
Como se já não bastasse o árduo trabalho, a entidade tem outro sério problema: dinheiro. O governo alemão doou cerca de 300 mil euros para a manutenção dos trabalhos, mas a entidade ainda esbarra na falta de disposição dos governos locais em colaborar na busca e conservação das áreas mapeadas.
A questão financeira, no entanto, não atinge somente a Yahad in Unum. Nem mesmo Auschwitz, o mais conhecido símbolo do Holocausto, está a salvo da falta de recursos. Os administradores de Auschwitz fazem malabarismos para manter do antigo campo de concentração da mesma maneira que era na Segunda Guerra Mundial. A busca por recursos para lá e os problemas financeiros que enfrentam já foram tema de dois posts anteriores deste blog.
Manter viva a lembrança daquela época, em especial quando já são poucos os remanescentes e sobreviventes, é de suma importância para o mundo. A tarefa é árdua, mas vale a pena. Tudo para que essas valas comuns, que contam um lado pouco conhecido da história do Holocausto, além de continuarem cobertas de terra e neve (dependendo da época do ano), não sejam soterradas para sempre pelo esquecimento. E com ela, parte de uma lição que a humanidade não pode jamais se dar ao luxo de esquecer.
Um comentário:
Ah eh! Dá-lhe enriquecer minha aula de Segunda Guerra! Valeu Alemão
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