Desde 1945, a Polônia tem financiado praticamente sozinha a manutenção do antigo campo, um dos principais palcos do Holocausto, onde mais de um milhão de pessoas, em sua maioria judeus, foram assassinados. O orçamento de 2009 ficou em 7 milhões de euros. O governo polonês entra com US$ 4,6 milhões anuais, enquanto as contribuições estrangeiras são simbólicas. A fundação conta com recursos próprios, mas que são insuficientes para cobrir todos os custos. Promessas de doações existem, mas por enquanto não se tornaram atos concretos.

"Seria vergonhoso permitir que o campo de concentração desapareça", explicou o diretor da fundação Auschwitz-Birkenau, Jacek Kastelaniec, responsável pela iniciativa internacional iniciada para evitar a destruição do campo, que está ameaçado pela neve, pela água e, sobretudo, pelo tempo.
Mais barato seria reconstruir todo o campo de concentração, mas a fundação que cuida do local quer mantê-lo como ficou após o fim da Segunda Guerra, em 1945. "Nós não podemos reconstruir, o que seria mais barato, mas precisamos preservar, o que é muito mais caro", ressaltou Kastelaniec.
Agora, a fundação responsável pela administração de Auschwitz busca recursos pelo mundo para continuar conservando o local. Brasil e Argentina devem ser visitados em dezembro. O objetivo é arrecadar 120 milhões de euros até 2015.
O valor pode parecer alto, mas ainda mais caro é ter de arcar novamente com os prejuízos que o mundo teve com a Segunda Guerra Mundial – e não apenas os econômicos ou os provocados pelo nazismo. Auschwitz representa – ou deveria representar – tudo aquilo o que a humanidade já foi capaz no quesito insanidade, para que nunca mais se repita.
O local tem cerca de 200 hectares, onde existem 155 edifícios e 300 ruínas --incluindo as das câmaras de gás--, e em 1979 foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
No ano passado as instalações receberam 1,3 milhão de visitantes.
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