segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Na Rússia, o Solidarnost

Um dos grandes nomes do xadrez em todos os tempos, não é de hoje que o russo Garry Kasparov se aventura na política. Seu mais novo lance foi a fundação de um novo partido, o Solidarnost (Solidariedade), que conta também com integrantes vindos de diversos grupos de oposição ao atual governo. O destino da nova agemiação é ‘desmantelar’ o regime de Putin, aliado político do atual presidente, Dmitri Medvedev – é bem verdade, quem manda de fato no país é Putin, como o faz desde sua ascenção ao pdoer, em 2000.

O nome do partido é uma alusão ao ‘Solidariedade’, fundado na Polônia por Lech Walesa em 1980 e que teve papel importante na luta contra o poder ‘comunista’ que vigorava no país até então. Em 1989, Walesa e seus correligionários chegaram ao poder na Polônia, e pelo jeito Kasparov deseja o mesmo.

Querer é uma coisa, conseguir é outra. O atual governo, continuação da gestão Putin, goza de grande popularidade. Opsitores ao regime são silenciados sem muita cerimônia. A Folha Online relata que o congresso do Solidarnost foi perturbado pela ação de alguns partidários do governo. Sob o comando de Putin, a Rússia recuperou parte do terreno que perdeu com o fim da União Soviética, o que dá ao ex-presidente e atual premiê um grande capital político. O problema é que ele é usado também para silenciar, muitas vezes de forma violenta, as vozes dissonantes, onde quer que estajam e quem sejam. Não é à toa que a Rússia é considerado um dos piores países para a prática do jornalismo – Anna Politkovskaya, morta em que o diga.


Kasparov, que se diz “otimista” com relação ao futuro, vai ter muito trabalho à frente do novo partido, já que a oposição ainda encontra-se bem enfraquecida. E será um trabalho, ao que parece até agora, que não verá muitos frutos em um curto prazo.

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