domingo, 7 de dezembro de 2008

A encruzilhada energética do Leste europeu

Matéria da BBC Brasil relata que os países da Europa oriental rejeitam plano para reduzir emissão de poluentes. Ela pode ser acessada pelo link abaixo:



Grande parte da energia utilizada nos países do Leste europeu provêm de fones consideradas "sujas", como o carvão. Em tempos onde as consequências do aquecimento global se tornam cada vez mais evidentes e duras, há toda uma pressão sobre esses países, em especial os que hoje fazem parte da UE, para que tomem medidas de redução na emissão de poluentes. Mas a questão, como pode-ser ver, não é tão fácil assim.


Nesse meio, entra ainda outra grande polêmica quanto a outra matriz energética, que divide opiniões ao redor do mundo: a energia nuclear. Em especial desde o acidente na usina de Chernobyl (atual Ucrânia) em abril de 1986 (foto do reator abaixo), o tema é sinônimo de tabus em alguns países e de prosperidade em outros.


Mas mesmo aqueles países que haviam decidido desligar seus reatores resolveram retomar o debate sobre a energia atômica, cujos defensores sustentam que ela é polui menos o meio ambiente dos que as fontes tradicionais de energia, por produzir baixos níveis de CO2. Há nações que, lembrnado-se do trauma de Chernobyl, não querem nem ouvir falar em reatores, lixo atômico e o que fazer com ele. Enquanto isso, há nações como França e Bélgica que são, literalmente, movidos pelo átomo - dele vêm, por exemplo, 80% da energia produzida nesses paises.

Mas pelo leste a situação muda um pouco de figura. A maioria das usinas lá situadas não estão muito bem das pernas no que diz respeito à conservação e à modernização de suas instalações, lagumas delas consideradas fortes candidatas a uma "nova Chernobyl". E são paises igualmente - ou até mais - dependentes do átomo. A própria Ucrânia, palco do acidente de 1986, planeja construir mais 11 usinas até 2030, para não ficar à mercê do gás vindo da Rússia e de seus humores.

Cinco dos dez países que ingressaram na União Européia em 2004 – República Tcheca, Hungria, Lituânia, Eslováquia e Eslovênia – possuem reatores em operação. Sob protestos, a Bulgária foi obrigada a fechar dois reatores da era soviética como condição de ingresso na UE - o que já revela uma relação de dois pesos e duas medidas se comparada com a França.

Percebe-se aí um pouco do tamanho da encruzilhada em que vivem as nações da Europa Oriental. Sem reatores, são obrigados a recorrer, por exemplo, ao carvão - já conhecido como poluidor da atmosfera e um dos causadores do aquecimento global. Para ambas as formas, ambientaistas criticam, dizendo que não são viáveis e/ou limpas. E no caso da nuclear, aparece a duvida sobre o que e como fazer com o lixo atômico, tão perigoso quanto o produto em si, e sobre a qual não se chegou um consenso até agora.

Nesse momento, a diversificação das matrizes energéticas pode ser a grande saída, aliada ao constante investimento e atualização das fontes e das geradoras dessa energa. E creio que não sera possível fugir da usina nuclear, ou pelo menos de uma abordagem mais à fundo, despdida de preconceitos.

Debate esta aberto

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