quinta-feira, 23 de julho de 2009

Não esqueçamos o assassinato de Natalia Estemirova!

É com esse título que artigo do filósofo André Glucksmann no jornal francês Le Monde fala do assassinato da ativista russa Natalia Estemirova, na semana passada. Natalia foi morta a tiros perto de sua casa em Grozni, Chechênia.


O artigo pode ser lido (traduzido para o português pelo UOL) no link abaixo:

http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/lemonde/2009/07/23/ult580u3829.jhtm

Assim, Natalia se soma a outros que morreram e que exerciam alguma tipo de atividade que incomodava que estava no poder na Rússia ou algum de seus aliados: Anna Politkovskaia, Stanislav Markelov, Anastasia Barburova, Alexandre Litvinenko. Os crimes que levaram às suas mortes permanecem ainda sem solução - e não parece haver lá muita vontade política para tanto.

O artigo do filósofo é duro especialmente em suas acusações contra o Estado russo e a situação na Chechênia. Para ele, reina na Chechênia “uma paz puritana, mas o terror continua”.

Denunciar as mazelas políticas e sociais na Rússia é, definitivamente, uma atividade de alto risco. Lutam contra uma corrupção endêmica que permeia as estruturas de poder público e privado desde os tempos do comunismo soviético (e que ficaram muito piores com o caos pós-fim da URSS); lidam com a influência assutadora das máfias russas; e com uma sociedade que, em geral, parece não dar ouvidos a tais mazelas. Parecem pregar em um deserto.
Como nada indica que a situação vá mudar na Rússia, não será surpresa se algum outro expoente da luta pelos Direitos Humanos e/ou outro crítico ferrenho do Kremlin aparecer morto em breve. Infelizmente...

Nenhum comentário: