sábado, 11 de julho de 2009

O mundo aprendeu com Srebrenica?

Há exatos 14 anos era escrita a página mais sangrenta da Europa pós-Segunda Guerra Mundial. Em 11 de julho de 1995 acontecia o que ficou conhecido como o “Massacre de Srebrenica”, na Bósnia.

Cerca de 8 mil homens muçulmanos foram assassinados depois que as tropas servo-bósnias, sob o comando do general Ratko Mladic, tomaram em 11 de julho de 1995 a cidade de Srebrenica, em um dos últimos – e mais dramáticos – episódios da Guerra da Bósnia .

As palavras do prefeito de Srebrenica, o muçulmano Osman Suljic , são categóricas ao descrever o triste episódio, mas sem perder a esperança: "Lembramos Srebrenica como uma derrota comum, mas não perdemos a luta por uma Srebrenica democrática que será o símbolo da paz e da prosperidade, de um futuro seguro e moderno".

Hoje, restos mortais de mais 534 vítimas do massacre de Srebrenica foram sepultados no centro memorial criado para relembrar o episódio.


A data não é lembrada apenas pelos bósnios. O governo de Montenegro também adotou o 11 de julho no país para lembrar o massacre, como uma forma de redimir a nação (em 1995, Montenegro ainda era parte da Iugoslávia, junto com a Sérvia).

O massacre é um símbolo de como a comunidade internacional foi impotente, na ocasião, para tratar de conflitos armados. O problema é que, pelo jeito, a essa mesma comunidade internacional ainda não aprendeu a lidar com casos semelhantes mundo afora. As lembranças seguem, as homenagens às vítimas, idem. Mas os esforços para que tal massacre não aconteça de novo, em qualquer parte do mundo, ainda são insuficientes.

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