segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Yugo: ‘ćao, nema više’


Foi com essa frase de epígrafe (que significa “Adeus, até nunca mais” em sérvio) que saiu de fábrica em 20 de novembro a última unidade do Yugo (à direita), carro que foi, na década de 1980 , um dos símbolos da industria na antiga Iugoslávia.

O carro fez sucesso no fim dos anos 1980, chegando inclusive a ser exportado para os EUA. Seu baixo preço o tornava bastante atrente, mas as frequentes quebras tiravam essa vantagem inicial. Era consierado até agora o pior carro do mundo.



Parece que a indústria automobilística do Leste Europeu não é lá o seu ponto forte. Na Alemanha Oriental, um de seus modelos mais populares, o Trabant (à esquerda), foi outro a ficar marcado pelo estigma de não ser bom – e considerado ‘feio’. Barulhento e fumacento, foi produzido entre os anos de 1957 a 1991, quando saiu de linha. É considerado um símbolo da antiga Alemanha Oriental e de tudco oque ela representou. Estima-se que 200 mil dos ‘Trabis’, seu apelido carinhoso, ainda circulem por aí.

Para os brasileiros, o modelo talvez mais conhecido vindo do leste da europa é o Lada (à dreita). Lançado pela primeira vez em 1966, o carro também conquistou mercado devido ao seu baixo custo. Em 1990, chegou ao Brasil graças às medidas que escancararam a economia nacional para os artigos importados, entre eles, claro, os carros. O custo ajudou no começo, aliado à carreoceira funcional e o baixo consumo de combustível. Mas os cionsumidores reclaamvam quanto ao desempenho, acabemento e design do Lada. Em 1995, com nova tarifas de importação, o Lada saiu do país. Mas ainda hoje podem ser encontrados exemplares da família Lada (tanto o Laika, como o Samara) rodando por aí. Em países como Equador, Colômbia e Venezuela, ainda pode-se comprar Ladas 0km. Na Rússia, a família segue crescendo.

Na verdade, esses carros tinham sua razão em ser dessa forma. Nos países alinhados com a União Soviética e tidos como comunistas (se bem que o comunismo praticado nesses Estados passou longe do que deveria ser), o carro era visto como um mero meio de transporte, e não um artigo de consumo, de desejo. Daí o fato de não haver uma preocupação maior com o design e o acabamento dos modelos. Mas com o fim da guerra fria e o esfacelamento do regime soviético, esses modelos foram facilmente batidos pelos carros vindos da Europa Ocidental, Japão e Estados Unidos. Em alguns casos, como na Rússia, as antigas montadoras resistem. Pelo menos por enquanto, tiveram melhor sorte que o Trabant e o Yugo.

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