segunda-feira, 30 de março de 2009

A "Guerra Fria" entre Rússia x Otan

O avanço da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) sobre os países do antigo bloco chefiado pela União Soviética na Guerra Fria vem irritando os russos. E estes pelo jeito já tomam suas providências - sem é claro, toda aquela tensão que tomou conta da Europa na segunda metade do século XX.

Na seman passada, o presidente russo Dmitri Meedvedeev anunciou o reaparelhamento das Forças Armadas do país até 2011 para fazer frente ao crescimento da aliança militar ocidental, que sobreviveu ao fim da Guerra Fria. Em matéria da BBC Brasil de hoje (30/03), tema é retomado, desta vez enfatizando a intenção dos russos de consolidar sua influência sobre os vizinhos gastando bilhões em defesa.

http://noticias.uol.com.br/bbc/2009/03/30/ult36u46441.jhtm


E aí vai mais uma episódio nessa disputa. A Ucrânia – que há alguns anos vive às turras com os russos – é um dos países que pleiteia o ingresso na Otan. No entanto, a minoria russa que vive por lá não está gostando nem um pouco dessa aproximação Otan-Ucrânia. A foto abaixo mostra um protesto da minoria russa no momento da chegada de um dos navios da Otan no litoral ucraniano.


Outro país que sonha em ingressar na Otan é a Geórgia – a mesma que esteve em guerra contra a Rússia pelo controle das províncias rebeldes da Ossétia do Sul e da Abhkázia durante a Olimpíada de Pequim. A guerra, apesar de vencida pela Rússia nas armas, revelou deficiências do exército russo – problemas que devem ser alvo desse novo investimento em defesa anunciado pelo governo.

Por episódios como esse, dá para perceber que certos cacoetes da Guerra Fria, que acabou oficialmente em 1990, ainda continuam bem vivos no cenário geopolítico internacional. Apesar de não ser a mesma dos tempos da União Soviética e de estar sendo duramente afetada pela crise, a Rússia está bem longe de virar galiha morta na política internacional. É ainda um ator de peso nesse cenário e fará de tudo para manter esse status. Na diplomacia e nas armas, por mais que estas não sejam usadas - como não foram utilizadas até hoje as armas nucleares.

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