terça-feira, 27 de julho de 2010

Entrar ou não na UE? Eis a questão

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o escritor albanês Ismail Kadaré acredita que somente com a entrada dos países balcânicos na UE é que eles se tornarão viáveis economicamente - claro, incluindo a terra natal dele, a Albânia.

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/773082-balcas-so-sao-viaveis-na-uniao-europeia-diz-escritor-ismail-kadare.shtml

Por enquanto, Eslovênia, Bulgária e Romênia e – geograficamente falando – a Grécia são os representantes dos Bálcãs no bloco. O país da região com maior chance de ingressar no bloco hoje é a Croácia. Para Sérvia e Bósnia, outros dois países que já mostraram interesse em entrar na UE, o caminho promete ser mais longo e árduo.

Fato é que, sendo ou não da UE, os países dos Bálcãs enfrentam sérias dificuldades econômicas. A crise mundial iniciada em 2008 atingiu fortemente as economias da região. Sem contar também o fato de a maioria desses países ter enfrentado uma dura transição da economia planificada, em vigor na Guerra Fria, para a economia de mercado capitalista.

Ao mesmo tempo, existe o debate dentro da UE quanto à validade de admitir novos países no bloco – a expansão para os países do leste europeu, iniciada em 2004 com a inclusão de 10 nações, ainda é alvo de críticas por parte de políticos europeus conservadores. Em 2007, nova expansão englobou Bulgária e Romênia, até agora os integrantes mais recentes do bloco.

Não dá para esquecer também de outros dois fatores: a situação econômica do bloco não é das melhores atualmente, preocupada especialmente com o que vai acontecer com a Espanha e especialmente a Grécia, em grave crise; e da voz de certos grupos nos países dos Bálcãs que estão longe de morrer de amores pela UE, que encontram eco em setores das sociedades das nações balcânicas.

Ou seja, defender e pedir o ingresso na UE é simples. Mas ser admitido no clube não é nada fácil – e continuar nele pode ser ainda mais difícil

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