quinta-feira, 14 de outubro de 2010

No futebol, vergonha sérvia e façanha de Montenegro

Torcedores sérvios espalharam medo antes do início do jogo da seleção contra a Itália, nesta terça-feira, em Gênova, pelas eliminatórias da Eurocopa-2012. O jogo entre as duas equipes acabou cancelado por causa dos incidentes. E a baderna promovida pelos torcedores pode custar caro ao futebol da Sérvia.

Em Gênova, torcedores sérvios atacaram o ônibus da seleção do próprio país, depredaram estabelecimentos comerciais na cidade e dependência do estádio Luigi Ferraris, onde aconteceria a partida.

A Uefa, entidade que comanda o futebol na Europa já anunciou que via investigar o ocorrido na cidade italiana. A Sérvia corre o risco de ser eliminada da competição e excluída da disputa de torneios no continente. A punição pode ser estendida também para as competições de clubes. O Partizan, time da capital sérvia, Belgrado, disputa a fase de grupos da Liga dos Campeões e pode acabar prejudicado.

A punição é dura, mas será o preço a ser pago pela Sérvia pelo vandalismo dos torcedores do país e por fracassar em coibir tais torcidas – se é que podem ser considerados como tal. Péssimo para um país que já teve um de seus clubes, o Estrela Vermelha, no topo do futebol europeu e tantos jogadores de renome em clubes de ponta no continente.

Enquanto a torcida faz a Sérvia passar vergonha no cenário esportivo europeu, um país vizinho vem se destacando positivamente. É a seleção de futebol de Montenegro, que até 2006 estava ligado à Sérvia e disputa a sua segunda competição como país independente.

A equipe, que tem como principal jogador o atacante Mirko Vucinic, artilheiro da Roma (Itália), é a atual líder do grupo G das Eliminatórias da Eurocopa-2012, com três vitórias e um empate nos quatro jogos já disputados. Na última partida, ficou no empate em 0 a 0 contra a Inglaterra, na última terça, em Londres. O resultado foi considerado surpreendente e comemorado pelos montenegrinos, caçulas da Uefa, contra uma seleção que já foi campeã mundial, em 1966.

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